Pará Sempre Unido
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
2° Grande Marcha contra a divisão do Pará
Vamos la pessoal,Vamos lutar contra a emancipação do nosso estado,Domingo,dia 30, haverá a 2º Marcha contra a divisão do Pará.
A caminhada vai sair da praça dos estivadores(mesmo local da primeira) entre Boulevard Castilho França e Av.Presidente Vargas(Próx. a Doca) Com saída ás 9h.
sábado, 1 de outubro de 2011
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Petição On-line.
Vamos Lutar para que nosso Pará Continue grande e unido,e tentar resolver as mazelas do nosso estado. Assine o Abaixo-assinado e ajude o nosso Pará.
sábado, 3 de setembro de 2011
Belenenses Protestam Contra a Divisão do Pará.
Cerca de três mil pessoas foras às ruas, neste domingo (21), protestar contra a divisão do Pará. Esta é a primeira passeata realizada em Belém para defender a manutenção territorial do Estado. A mobilização foi toda feita via rede social (blogs, twitter, facebook, orkut).
Com o tema 'Eles não querem o nosso bem, mas os nossos bens', a caminhada saiu da escadinha da Estação das Docas, seguiu pelas avenidas Presidente Vargas e Serzedelo Corrêa, e terminou na praça Batista Campos. Estiveram presentes estudantes, professores e políticos.
Para Augusto Pantoja, um dos organizadores do evento, a população precisa participar dos debates sobre a divisão. Ele acredita que a mobilização é essencial para que as pessoas decidam conscientemente sobre o que consideram melhor para o Pará. 'Foi um suceso esta passeata. O mais impressionante é que mesmo sendo a primeira, foi muito bem ouvida pela população. O paraense ta começando a acordar quanto ao tema da divisão'.
Na avaliação dele, que também é professor de História, a divisão não resolverá os problemas econômicos e sociais do Pará. 'Só a mudança do modelo de governar pode fazer a diferença.'
'Um outro ponto positivo nesta passeata foi a presença em massa da juventude. Eles ajudaram na divulgação e mostram que são contra esta questão de dividir o nosso território. E com isso, as próximas passeatas só deve aumentar, pois o paraense tem apenas que conhecer o que este processo vai trazer de benefícios e malefícios, e pesar o que é melhor', finaliza.
'Há uma semana cerca de sete mil pessoas reproduziram o convite feito através do Faceboock e devido a isso a mobilização foi enorme', conta o estudante Lucas Nogueira, que mantém um blog e ajudou a divulgar o evento.
'Temos que colocar a população nos meios de debate para que não fique fora deste assunto, que até então é o assunto do momento. O povo pode se expressar durante a caminhada e mostrou revolta com relação a divisão do Estado'.
Quem apoiou a iniciativa foi o cantor paraense Nilson Chaves, que apesar de não ter participado da passeata, informou a reportagem do Portal ORM que não descarta a possibilidade de ir em uma próxima. 'Acho que a mobilização para essa questão é sempre muito pertinente e quanto mais pessoas para se manifestar melhor ainda. Eu, sem dúvida alguma, sou contra a divisão do Pará', opinões. O
Liberal!
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
1° Vitória. Plebiscito contará com todo estado.
Em sessão administrativa nesta quinta-feira, os
ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovaram o calendário eleitoral
para a realização do plebiscito que decidirá sobre a possibilidade de desmembramento
do Estado do Pará e a criação de duas novas Unidades da Federação na região:
Carajás e Tapajós. O plebiscito está marcado para o dia 11 de dezembro de 2011,
com a abertura das seções eleitorais às 8h e encerramento da votação às 17h.
Todos os eleitores do Pará devem participar do
plebiscito. De acordo com o artigo 7º da Lei 9.709/98, no caso de
desmembramento deve ser consultada a população diretamente interessada e, neste
caso, entende-se por população diretamente interessada tanto a do território
que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento.
Também foram definidas as duas perguntas que serão
submetidas aos eleitores:
1- Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Carajás?
2- Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Tapajós?
1- Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Carajás?
2- Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Tapajós?
Datas
A primeira data do calendário estabelecido pelo TSE é 2 de setembro, que marca o dia limite para que integrantes da Assembléia Legislativa do Pará, ou ainda da Câmara dos Deputados e do Senado, se manifestem sobre o interesse de formar frente para defender uma das correntes de pensamento que serão temas do plebiscito.
A primeira data do calendário estabelecido pelo TSE é 2 de setembro, que marca o dia limite para que integrantes da Assembléia Legislativa do Pará, ou ainda da Câmara dos Deputados e do Senado, se manifestem sobre o interesse de formar frente para defender uma das correntes de pensamento que serão temas do plebiscito.
O cidadão que pretende participar do plebiscito,
mas ainda não pediu seu título de eleitor ou transferiu seu domicílio
eleitoral, deve tomar essas providências no cartório eleitoral mais próximo até
o dia 11 de setembro, três meses antes do plebiscito.
Profº Pedro Jr Convida todos para Debater online.
O Prof. Pedro Jr convida todos neste Domingo, 28, ás 14h para debater,
esclarecer, discutir idéias e mobilizar as pessoas acerca do Tema
"Proposta de Divisão do Estado do Pará".
O debate será feito através do Messenger do Professor e para participar é preciso adcioná-lo.
Endereço: pjgeo@hotmail.com
Mobilize-se precisamos do apoio de todos, pois somente unidos ganharemos esta causa!
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Divisão a qualquer "custo" ?
Dividir o Pará para
governar melhor é uma possibilidade, mas não a qualquer custo. E que custos são
esses ?
Bom, eles pertencem a
quatro categorias e demonstram que a divisão só é útil aos
interesses politiqueiros e comerciais de umas poucas pessoas.
A primeira categoria de custo é a do
custo da "máquina": Quanto vamos pagar
para os novos estados funcionarem?
O segundo é o custo social: o que se perde em termos de investimentos em saúde, educação,
segurança e emprego por causa, justamente, do custo da máquina?
O terceiro é o custo institucional: a competição e a guerra fiscal que vai se instalar entre os três
estados remanescentes.
E, por fim, o quarto é o custo federativo, a situação de desequilíbrio político gerada.
Quem paga todos esses
custos é o povo. Tanto o povo da nova unidade como todos os
brasileiros, em geral.
Vamos a eles:
O custo da máquina:
O custo da máquina é o
quanto se paga para um novo estado funcionar. O próprio IPEA construiu uma
fórmula para determinar quanto custa a burocracia de um estado.
Esse cálculo parte de
um custo fixo de manutenção, um custo básico, de R$ 832 milhões por ano (custo
A).
A esse valor básico se
somam outros dois custos: R$ 564,69 por habitante (custo B) e R$ 0,075 por real
do PIB estadual da futura unidade (custo C).
Quando aplicamos essa fórmula ao
projeto do estado de Tapajós vemos
que custear a burocracia do novo estado custaria R$ 832 milhões (custo A), mais
R$ 652.061.660,25 (custo B), mais 477.023,18 (custo C). O total
ficaria em R$ 1.484.538.683,43.
Em relação ao projeto do Carajás o cálculo fica assim: R$ 832 milhões (custo A), mais
R$ 873.308.331,63 (custo B) e mais R$ 1.477.193,93 (custo C). O
total ficaria em R$ 1.706.785.525,55.
Quando projetamos
esses valores em termos de PIB, vemos que as máquinas governamentais de Tapajós
e Carajás custariam mais em relação aos PIB’s dessas regiões do que o atual
Estado do Pará.
O Tapajós custaria o dobro e o Carajás 50% a mais.
E, para
completar, o custeio da parte restante do Pará também subiria, em cerca de
7,5%.
Ou seja, dinheiro
que hoje é usado em investimento passaria a ser usado em custeio.
E isso sem contar o custo imediato da
instalação dos estados, estimado
em cerca de R$ 1,4 bilhão para cada um.
Se criado, o Tapajós precisaria usar
34,1% de seu PIB, ou seja, de suas riquezas, para custear sua máquina oficial.
O Carajás consumiria 18,6% das próprias
riquezas.
O custo do atual Pará equivale 17,2% de
seu PIB, mas com a divisão seria elevado a 19,1% do PIB estadual.
Essa situação é muito
diferente da verificada nas unidades mais ricas da federação – e não é por
outro motivo que projetos como a criação dos estados do Triângulo e de São
Paulo do Leste nunca vão para frente: lá se sabe que a divisão aumenta o
custeio e que, em conseqüência, as regiões empobrecem.
Essa equação se
explica por uma fórmula simples: quanto mais recursos um estado tem para
investir em programas sociais, infra-estrutura e empregos, melhor é o seu
desenvolvimento.
O custeio de Roraima, por exemplo, é de
R$ 1.037 bilhão, o que representa cerca de 35% do seu PIB.
Já em São Paulo é de R$ 75.947 bilhões,
mas isso não representa mais do que 8,51% do seu PIB.
Os novos estados, com um PIB baixo,
consumirão quase toda a sua riqueza para pagar a própria burocracia.
O custo social:
O segundo custo da
divisão territorial é o custo social.
Sim, apesar
do que se diz, os investimentos sociais no novo estado tendem a cair, o que
significa menos saúde, menos educação, menos segurança, menos assistência
social.
Por que isso acontece?
Justamente porque sustentar a máquina do novo estado vai consumir uma imensa
parte do seu PIB.
Façamos uma projeção.
Em todo o Pará foram investidos cerca de R$ 257 milhões, em 2009, em
saneamento.
Nesse ano, esse valor
representou 14,1% do orçamento estadual de investimento. Supondo que os novos
estados quisessem manter o mesmo programa e o mesmo padrão de investimento na
área da saúde, provavelmente não alcançariam o mesmo valor percentual,
considerando que teriam de fazer face às despesas necessárias para pagar a
burocracia institucional criada.
E isso sem considerar que os novos
governos estaduais precisariam atuar de forma compensatória em certas áreas,
muito possivelmente elevando o percentual de repasses aos novos poderes
legislativos e judiciários, tal como aconteceu com o Tocantins, Roraima e Amapá
quando foram transformados em estado.
Em síntese, dividir
o ônus social tem o efeito de aumentar a pobreza.
O custo institucional:
O terceiro grande
custo a ser pago é o institucional.
Com a divisão, é muito
provável que os três estados passem a competir entre si, quebrando sistemas e
cadeias de produção que aos poucos vão sendo instalados.
Dessa maneira, por
exemplo, o Pará remanescente vai arrecadar sobre o
consumo de energia proveniente da usina de Tucuruí, mas o Carajás não vai ganhar nada com isso.Da mesma
maneira, as exportações da Alpa, a Aços Laminados do Pará, terão sua carga
tributária aumentada, porque passarão pelo porto de Vila do Conde, Espadarte ou
de Itaquí.
E, muito provavelmente,
haveria uma guerra fiscal cujo principal efeito seria afastar, dos três
estados, vários investimentos.
Todos perderiam em
termos de segurança institucional: um estado rico, em processo de
coesão e desenvolvimento, seria substituído por três estados pobres, inimigos
fiscais e desacreditados. Três anões em guerra.
O custo federativo:
O quarto custo da
divisão territorial é o custo federativo.
Os dois novos estados trazem de
imediato, juntos, 6 novos senadores e 16 deputados federais.
Do ponto de vista dos
interesses estritos do estado isso poderia ser bom – considerando
sempre a hipótese, improvável, de que os estados seriam sempre bem
representados, por políticos comprometidos e honestos.
Porém, acentua o
desequilíbrio na representação das unidades federativas.
Essa desproporcionalidade se deve ao
atual sistema eleitoral, que estabelece um patamar mínimo e outro máximo para a
representação dos estados na Câmara Federal: oito e setenta deputados,
respectivamente.
Os dois novos estados teriam oito
deputados cada um, gerando
o que alguns vêem como uma super-representação, em comparação com as regiões
mais populosas.
Para alguns críticos isso viola o
princípio igualitário da democracia: os
votos de alguns cidadãos acabam tendo maior valor.
Esses críticos
defendem uma representação estritamente proporcional em termos de população, na
base 1 indivíduo = 1 voto.
É preciso dizer que o
argumento não está, necessariamente, correto. A principal objeção a ele é que,
na sua compreensão de democracia, considera-se exclusivamente a dimensão
individual da representação e o princípio majoritário, enquanto seria preciso
considerar também outros interesses relevantes, presentes na sociedade, mesmo
que minoritários. Afinal, a regra da maioria é apenas um expediente a serviço
da democracia, e não um fim em si mesmo.
Mesmo assim, há um
custo federativo a considerar, porque a ampliação da diferença representativa,
que já é muito grande na Amazônia, pode contribuir para um colapso
institucional que não pode ser resolvido sem uma grande reforma do sistema
político e partidário brasileiro.
Mais sobre o custo
federativo:
Em ciências políticas,
a desproporcionalidade na representação entre as unidades territoriais é calculada
por meio da fórmula de Loosemore e Hamby (D = 1/2S ci-pi), onde D representa a
desproporcionalidade representativa, c é o percentual de cadeira da unidade
territorial, chama i, e p é o percentual da população dessa mesma unidade i, em
determinado ano eleitoral.
Essa fórmula foi
aplicada ao Brasil atual pelo trabalho de Samuels e Snyder de 2001 - portanto
sem a criação dos dois novos estados - e o resultado foi preocupante.
Enquanto países como
Holanda, Israel e Peru apresentam perfeita proporcionalidade, na medida em que
obedecem ao princípio 1 indivíduo = 1 voto, outros países, que não aplicam esse
modelo, apresentam graus de desproporcionalidade que podem ser razoáveis (e,
portanto, saudáveis, do ponto de vista do argumento da defesa dos interesses minoritários)
ou não.
E o caso brasileiro, mesmo sem os dois
novos estados, já é absurdamente desigual.
Por exemplo, são
razoáveis os índices da Alemanha, Austrália, África do Sul e Canadá, nos quais
D = 1, 2 ou 3.
No Brasil, D = 9.
Isso significa que
alguns brasileiros valem mais que outros. Com a criação do Tapajós e do Carajás
esse índice aumenta ainda mais. Iria para 11.
Mais sobre a burocracia:
E a criação dos dois
estados seria apenas o começo de um problema muito maior, porque sem a reforma
política, ela acabaria levando, inevitavelmente, ao fortalecimento do movimento
pela criação de outras unidades. Se metade das unidades
previstas fossem criadas seriam mais 8 governadores, 24 senadores, 64 deputados
federais, cerca de 144 secretários estaduais, cerca de 768 assessores
parlamentares só em Brasília e cerca de 28 mil cargos comissionados.
Será que o país precisa de tantos
políticos?
É justo indagar: a
quem interessa tanto?
À população dos novos estados, que vai
ter que pagar o salário de tanta gente em vez de usar esse dinheiro para
investir em saúde e educação?
Em síntese, a conclusão é que unido o
Pará avança mais: Nos últimos 15 anos o crescimento acumulado do PIB paraense
foi de mais de 160%, o que representa um crescimento da economia paraense bem
acima da evolução do PIB brasileiro acumulado, que foi de cerca de 140%.
Separados, nenhum dos três estados
poderia apresentar taxas semelhantes.
Por: Profº Ronaldo Santos.
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