PÃO E CIRCO XXI
Égua! Ou a estratégia de Duda Mendonça é muito boa ou
muito burra – fico a me perguntar: teriam os escândalos afetado sua
genialidade? Tanto uma quanto a outra,
porém, parecem querer brincar com a nossa inteligência e até com a ingenuidade
de uma parte do povo do Pará... O que nós, parauaras não só de coração, não
permitiremos.
Ele já deixou bem claro por aqui mesmo, no Diário do
Pará, que “o melhor ataque é a defesa”. Declarou, já numa falsa justificativa,
que não atacaria os que defendem a não-divisão do Estado, de modo a provocar
que estes, justamente, se traiam com acusações diretas a quem está à frente da
questão e que nem é daqui, como a maioria do pró-divisão – daí aparecem
“coitadas” declarações sobre preconceito e discriminação.
A parte inteligente de sua estratégia começou com a
repetitiva declaração de que “não receberá nada” pelo serviço que fará. Fala
sério! Como alguém que ganha a vida com esse tipo de atividade, assim, do nada,
agiria caridosamente em prol de uma região que pouco conhece – pouco conhece é
o que muitos pensam, pois seu interesse no sul do Pará não é à toa.
O mega-marqueteiro, além do que, parece ignorar nossa
inteligência, em pleno século XXI, com a história de que em Xinguara não há uma
arena para vaquejada? Política de “pão e circo” em tempos de carências mais
emergenciais... Não cola! Há muitas famílias precisando de um pedacinho das
terras que o senhor e seus “comparsas” possuem naquelas regiões (sul e
sudeste), sabia?
Entendam todos: quando os Titãs cantaram “a gente não
quer só comida / a gente quer comida, diversão e arte” eles falavam de outras
necessidades vitais e reais ainda nos dias de hoje, mas em contextos/ocasiões
diferentes, pois os movimentos culturais já foram responsáveis por momentos
memoráveis na revolução social em nosso país; mas em nome da integração, e não como
artifício mirabolante de segregação.
Por Alci Santos, professor de língua portuguesa.
Por Alci Santos, professor de língua portuguesa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário